Médicos alertam que homens precisam deixar preconceito

O estereótipo de que homem tem que ser forte e que não precisa cuidar da saúde é um dos principais problemas enfrentados por médicos em busca de melhores resultados de cura e de combate a doenças que afetam a saúde masculina, como o câncer de próstata e de pênis, além de males degenerativos. O alerta foi feito na manhã desta quarta-feira (30), em audiência pública da Câmara Legislativa para debater políticas públicas para a saúde do homem. A iniciativa foi do presidente da Casa, deputado Wasny de Roure (PT).

Wasny se solidarizou com as críticas e reivindicações apresentadas por médicos que participaram do debate, representando entidades que lidam com o tema no DF e, também, em nível nacional.  “As políticas públicas em favor da saúde do homem precisam de continuidade. Por isso, proponho uma mesa redonda no começo de 2014 para discutir alternativas de melhoria com diretores das regionais de saúde do DF e membros dos conselhos de saúde”, propôs.

O diretor da Oncovida, o oncologista Igor Morbeck, enfatizou ser preciso que os homens tenham consciência da importância de tratar preventivamente da saúde, sobretudo em relação à ocorrência de males como o câncer de próstata. “Quando o problema é diagnosticado com antecedência, os pacientes têm boas chances de cura. Mas muitas vezes ele se torna um mal crônico, que dura anos”, lamentou.

O presidente da Associação Médica de Brasília, Luciano Carvalho, ressaltou que, além da questão de mudança de comportamento dos homens, é necessário que entidades de saúde pública forneçam o diagnóstico precoce e garantam aos pacientes o tratamento adequado como, por exemplo, a realização de cirurgias. “É preciso dar materialidade ao processo”, pregou.

A relevância de campanhas educativas para reduzir o preconceito e a resistência dos homens aos tratamentos médicos preventivos foi  defendida pelo presidente da Sociedade de Urologia, Diogo Mendes. “Muitos homens, acostumados com a fama de opressores, acabam alijados das atenções necessárias à saúde. Quando vão ao médico, geralmente, são levados pelas mulheres”, lamentou, anunciando que o DF vai ser palco de atividades de esclarecimento, como jornadas de urologia.

Hospital de Base – “Estamos sem possibilidade de realizar cirurgias urológicas benignas de câncer próstata no Hospital de Base, porque salas estão desativadas e aparelhos, quebrados. Muitas vezes temos que usar nosso próprio dinheiro para não interromper o tratamento de pacientes”, reclamou o tesoureiro da Sociedade Brasileira de Urologia, Guilherme Coaracy.

Representando o secretário de Saúde do DF, a subsecretária de Atenção à Saúde, Rosalina Sudo, reconheceu os problemas existentes no DF para a realização de cirurgias de próstata. E anunciou que estão previstas medidas para se melhorar o atendimento especializado a homens em centros de saúde, inclusive em horários fora do expediente convencional.

O coordenador do Programa de Saúde do Homem, do Ministério da Saúde, Eduardo Chakora, afirmou que o grupo tem identificado que, no DF, falta uma “mão mais firme” na questão da prevenção da saúde masculina. Ele defendeu uma política efetiva na área, a fim de se conseguirem melhores resultados. Informações da CLDF

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