China reconhece deficiência em direitos humanos

DA REUTERS

Ativistas penduraram uma enorme faixa em frente a um dos edifícios da ONU, em Genebra
Foto: Fabrice Coffrini / AFP

Ativistas penduraram uma enorme faixa em frente a um dos edifícios da ONU, em Genebra Fabrice Coffrini / AFP

Diante da investigação da ONU sobre os direitos humanos na China, o país reconheceu nesta terça-feira que ainda enfrenta deficiências, mas insistiu que reduziu a pobreza com reformas judiciais e proteção das minorias étnicas. A China se comprometeu ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas a buscar melhorias. O órgão revisa o histórico dos países membros a cada quatro anos.

Mais cedo, ativistas contrários ao domínio chinês sobre o Tibete foram detidos após escalar a fachada do prédio da ONU em Genebra e estender uma faixa. Manifestantes do grupo Estudantes por um Tibete Livre escalaram um andaime no Palais des Nations, que está sendo reformado, e abriram uma faixa branca com uma mensagem em inglês em que se lia: “A China infringe os direitos humanos no Tibete – ONU defenda o Tibete.”

O grupo pediu aos membros da ONU para impedirem a eleição da China para o Conselho de Direitos Humanos, em novembro.

Os ativistas disseram em comunicado que os dinamarqueses Laerke Arvedsen e Luna Pedersen e os britânicos Chris Brocklehurst e Phil Kirk foram presos e continuam detidos. Um quinto ativista, Cheme Nelung, um suíço-tibetano membro da Associação da Juventude Tibetana na Europa, não foi capturado, informou o grupo.

O porta-voz do grupo, Pema Yoko, depois esclareceu que os ativistas foram detidos por seguranças da ONU, e não pela polícia suíça.

– Nossa segurança nesse momento realiza entrevistas com os ativistas para averiguar as circunstâncias do incidente. Eles não prendem indivíduos, mas podem depois decidir se os liberam ou os encaminham para as autoridades do país-sede – afirmou a porta-voz da ONU, Corinne Momal-Vanian.

Em Pequim, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, também se manifestou em resposta ao incidente e à sessão:

– Nós estamos dispostos a trabalhar com outras partes para conduzir o diálogo sobre os direitos humanos e cooperar em avançar na situação dos direitos humanos na China. Mas nos opomos com firmeza a esse tipo de crítica enviesada e maliciosa.

Durante a sessão, delegações ocidentais manifestaram preocupação com a situação dos direitos humanos na China, entre elas a restrição do acesso de diplomatas, jornalistas e ONGs a áreas habitadas por minorias étnicas. O país é acusado por entidades ocidentais de repressão cultural e religiosa a minorias, como os tibetanos e muçulmanos uighurs.

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