Da Reuters
Caças sírios bombardearam nesta sexta-feira (18) a cidade de Deir al-Zor, no leste do país, após violentos combates durante a noite e a morte de um dos chefes de inteligência do governo de Bashar al-Assad, segundo ativistas.
O general Jamaa foi morto na quinta-feira (17) por franco-atiradores no meio de uma batalha contra rebeldes, entre os quais se incluíam forças da Al-Qaeda, disse o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A morte dele foi celebrada por rebeldes e por ativistas civis da oposição, por marcar um revés significativo na disputa por Deir al-Zor, capital da homônima província produtora de petróleo.
Jamaa, de 59 anos, foi o chefe da inteligência militar síria no Líbano até 2005, quando Assad, sob intensa pressão internacional, retirou suas tropas do pequeno país vizinho.
Depois disso, Jamaa foi nomeado chefe da inteligência militar em Deir al-Zor, uma posição estratégica por causa do fluxo de militantes sunitas para o Iraque, onde enfrentavam as forças dos EUA e do governo xiita iraquiano.
Em agosto de 2011, cinco meses depois do início da onda de protestos contra Assad, a União Europeia impôs sanções a Jamaa por sua participação na “repressão e violência contra a população civil”.
Ativistas dizem que dezenas de rebeldes e forças pró-Assad morreram nesta semana nos combates em torno de Deir al-Zor.
O Observatório relatou confrontos em vários bairros da cidade durante a noite, e disse que rebeldes da Frente Nusra, ligada à Al-Qaeda, executaram dez soldados capturados no bairro de Rashidiyah, onde Jamaa foi morto na quinta-feira.
Embora os rebeldes tenham feito avanços e realizado um ataque contra um aeroporto militar da região, dificilmente eles conseguirão uma vitória rápida na estratégica região petroleira, que faz fronteira com o Iraque, segundo avaliação de Rami Abdulrahman, que integra o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha.
Embora grande parte da província de Zeir al-Dor esteja sob controle dos rebeldes, algumas tribos permanecem leais a Assad, enquanto o controle da capital regional está dividido entre rebeldes e legalistas.