Professores municipais invadem Câmara de Goiânia

  

Luísa Gomes e Paula Resende, Gi

Em greve há quase duas semanas, cerca de 300 professores da rede municipal  invadiram o plenário da Câmara Municipal de Goiânia, na manhã desta terça-feira (8).

A ação aconteceu, por volta das 10h30, após a rejeição de uma emenda do projeto de Auxílio Locomoção para a categoria. A medida previa que todos os professores recebessem o benefício no valor de R$ 319. Até 12h30, os manifestantes não haviam desocupado o plenário.

Apesar de favoráveis à emenda, eles são contra o projeto, que estabelece três níveis de auxílio locomoção, com valores que variam conforme a carga horária de trabalho do profissional de educação. O professor com carga horária de 20 horas semanais receberá R$ 133,30 mensalmente. O valor será de R$ 200,00 para 30 horas semanais e de R$ 266,60 para 40 horas semanais.

Os manifestantes acreditavam que a alteração no projeto original seria aprovada pelos vereadores porque 17 parlamentares haviam votado a favor e 16, contra. Porém, o vereador Jorge do Hugo (PSE) pediu para corrigir o voto. Assim, a emenda foi rejeitada por 17 votos contra e 16 a favor, o que revoltou os professores.

O presidente da Câmara, vereador Clécio Alves (PMDB), suspendeu a sessão devido à invasão do plenário. Ele informou que a sessão só será retomada quando a situação se normalizar.

Greve
Os professores do município estão em greve desde o dia 25 de setembro. Além de reivindicar o benefício de transporte para todos os professores e auxiliares educativos, a categoria quer o fim do parcelamento da data-base, que representa a reposição salarial por perdas inflacionárias. Os grevistas querem ainda o enquadramento dos auxiliares educativos como funcionários do magistério e melhores condições de trabalho.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a paralisação prejudica mais de 70 mil alunos, pois 59% das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) estão sem aulas.

Em assembleia na última sexta-feira (4), a categoria decidiu continuar com a greve. No entanto, a medida contrariou a decisão da desembargadora do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) Beatriz Figueiredo Franco. No dia 27 de setembro, ela determinou, por meio de uma liminar, a suspensão da greve e retomada das aulas.

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