Reflexões sobre a reeleição de Agnelo Queiroz

 Ricardo Penna

O resultado das eleições de 2010 é fundamental para uma reflexão do cenário em 2014. É preciso lembrar que a coligação Novo Caminho enfrentou adversários sem grande potencial. Os poderosos PT e PMDB, mesmo com uma candidatura fortíssima para presidente da república, não conseguiram vencer as eleições, no primeiro turno, no DF.

A doce e simpática Dona Weslian acabou levando a eleição para o segundo turno com 31,5% dos votos. O baixo potencial de Agnelo e Weslian transformou a candidatura do PSOL em uma alternativa viável que terminou com quase 200 mil votos. O Novo caminho terminou o primeiro turno com 48.41% e o segundo com 66,10% recebendo, possivelmente, todos os votos de Eduardo Brandão e Toninho do Psol.

Após vencer sem convencer a administração do Governador de Brasília, nos dois primeiros anos, foi conturbado e de fraco desempenho. Os problemas na saúde púbica e as crises políticas acumularam-se e foram traduzidos em avaliações baixas e rejeição alta.

A segunda metade do governo Agnelo, não resta dúvida, melhorou. Recuaram as crises na saúde pública, terminaram os escândalos administrativos e consolidaram-se os investimentos urbanos. Objetivamente o GDF, hoje, é melhor, mais eficiente e, certamente, tem melhores índices de aprovação.

Apesar disso tudo, ainda não é suficiente, para garantir uma vitória nas eleições de 2014. A imagem do passado tem forte inércia e precisa de tempo para mudar e consolidar. Tanto é assim que o desempenho positivo não se traduziu, pari-passu, em melhor aprovação ou intenção de voto.

A coligação Novo Caminho precisa continuar a mostrar serviço, evitar disputas internas que enfraqueçam seu equilíbrio político e torcer para que as lideranças tradicionais tenham dificuldades em viabilizar suas candidaturas. É necessário paciência, trabalho e sorte.

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