Pesquisa mostra que um terço dos brasileiros despreza a proteção

 Brasileiros são líderes no uso de camisinha na primeira experiência sexual: 66% se protegem. É o que revela pesquisa de fabricante de preservativos com 30 mil pessoas entre 18 e 64 anos, de 37 nacionalidades. Segundo especialistas, o percentual parece alto, mas não é: cerca de um terço dos brasileiros ainda se inicia sexualmente sem proteção. No quesito uso do método na mais recente relação sexual, o Brasil cai para a 7ª posição entre os países estudados, mantendo percentual parecido (67%).

Foto:  Arte: O Dia

“Ainda há os 33% que não usam preservativo. A pesquisa foi pela internet, provavelmente com pessoas que têm acesso a mais informação”, diz Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP. Paulo Eduardo Velho, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, acrescenta que falta, sobretudo aos jovens, a noção dos riscos de não usar o preservativo: “Muitos não medem consequências. Não sabem que doença sexualmente transmissível aumenta em dez vezes o risco de HIV.”

Outro aspecto do estudo mostra que, no país, a perda da virgindade ocorre mais cedo que em outras nações, em média aos 17 anos. Carmita explica que as altas temperaturas antecipam o amadurecimento biológico e o surgimento das características sexuais. “As pessoas começam a produzir hormônios mais cedo. E temos cultura de grande estímulo sexual”, aponta. O estudo mostra também que pessoas que nunca receberam educação sexual têm duas vezes mais chance de não usar proteção. No Brasil, este ensino começa aos 13 anos. A média mundial é aos 14. (O Dia)

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