Padilha diz que é preciso separar ideologias sobre vinda de cubanos

Info Mais Médicos V7 3.9 (Foto: Editoria de Arte/G1)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu nesta quarta-feira (4) a vinda de médicos cubanos ao Brasil e contestou quem usa as críticas ao regime cubano para desqualificar o programa Mais Médicos. Ele afirmou que o governo não está implantando um modelo político e econômico cubano no país e que críticas são bem-vindas, mas não ao ponto de impedir o governo de  “levar médicos para milhões de brasileiros”.

Em agosto o governo anunciou com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) para trazer profissionais de Cuba para atuar em regiões carentes do país. Na primeira etapa do acordo, 400 profissionais cubanos já desembarcaram no país para iniciar o trabalho. A parceria, no entanto, tem sido alvo de críticas de entidades que representam os médicos no Brasil.

“O que nós estamos trazendo para aqui, para o Brasil, não é um regime cubano. […] Nós temos de separar opiniões ideológicas e políticas, que são legitimas, que cada um pode ter em relação ao regime de Cuba. São opiniões válidas, importantes, e devem fazer parte do debate, mas elas não podem impedir de o Ministério da Saúde usar essa alternativa para levar médicos para milhões de brasileiros”, disse o ministro em debate na Câmara sobre o Mais Médicos.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, também discursou e declarou que, juridicamente, não há impedimentos para que o Mais Médicos se realize. De acordo com Adams, ao contrário do que diz a oposição ao governo, não há violação na relação trabalhista proposta.

“Representa algo totalmente aderente ao nosso jurídico. Não há aqui nenhuma informação [jurídica contra] em relação ao trabalho contratual”, afirmou.

Médicos cubanos
Nesta terça, o Ministério da Saúde divulgou os municípios onde vão trabalhar os primeiros 400 médicos cubanos.  As regiões Norte e Nordeste vão receber 364 desses profissionais.

Dos médicos cubanos que vão para o Nordeste, 6 vão para distritos indígenas e 201 para municípios. Dos que vão para o Norte, 34 vão para distritos indígenas e 123 para municípios.

O estado que mais receberá médicos cubanos é o Pará, com 56 profissionais alocados em municípios e seis em distritos indígenas, totalizando 62. Em seguida, vêm o Amazonas, com 61 médicos, e a Bahia, com 45.

A região Sudeste vai receber 30 médicos e a região Sul vai ficar com seis. (G1)

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