Congestionamentos e estacionamentos

Ricardo Penna

O problema do transporte público no Distrito Federal é grave. O estímulo à venda de carros é um dos principais mecanismos utilizado pelo governo federal para garantir o crescimento da economia e as receitas com o IPVA e as multas de trânsito são, ansiosamente, aguardadas pelos burocratas da Secretaria da Fazenda. Juntos, a fome com a vontade de comer, transformam as ruas em um suplício para todos os brasilienses. Penna

Brasília tem outro problema adicional. A concentração de empregos no Plano Piloto e a grande distância entre o trabalho e as residências transformam o transporte público em um serviço ineficiente e deficitário. Enquanto nas capitais, como Rio e São Paulo, dezenas de passageiros sobem e descem em um determinado percurso aqui, no Distrito Federal, o ônibus enche na rodoviária, viaja 50 km, e deixa no ponto final os mesmos passageiros que embarcaram na rodoviária. A estrutura da economia-espacial no DF faz com que o transporte público seja um osso duro de roer para os administradores.

Até aqui tudo bem, é difícil e não vai melhorar no curto-prazo. Mas e os estacionamentos? Porque ninguém fala em estacionamento pago? O comércio nas entre quadras, nos setores hospitalares, de hotéis e de autarquias são, o dia inteiro, ocupados pelos carros dos proprietários e empregados dessas áreas. Para o consumidor que quer comprar um bem ou serviço resta um flanelinha ou a terceira fila para entupir ainda mais  o trânsito.

Esse não parece ser um problema difícil de resolver. A democracia das vagas e a receita do serviço poderiam ser utilizadas para melhorar a vida de todos os brasilienses. Alguém se habilita?

 

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