
A indicação oficial do nome da deputada federal, Érika Kokay (PT/DF), para concorrer à presidência do PT regional pela Articulação Unidade na Luta foi ovacionada pela militância, que lotou o auditório do Sindicato dos Bancários, na noite de ontem (28). A petista disputará o comando do PT/DF nas eleições do PED, em novembro deste ano. Érika é conhecida e ganha força junto à militância por ser uma das parlamentares que mais dialoga com todos os públicos, segmentos e movimentos sociais, além de ser muito próxima da própria militância. A deputada é ainda advogada das minorias, bandeiras empunhadas pela ideologia classista, pela ideologia que motivou a criação do Partido dos Trabalhadores, um partido pela classe trabalhadora.O líder do Bloco PT/PRB, deputado Chico Vigilante, um dos maiores quadros do PT/DF foi claro e taxativo: “Érika, vou dar tudo de mim para que você seja eleita”. O parlamentar também conclamou o atual presidente da legenda no DF, Roberto Policarpo, a apoiar a candidatura da deputada para presidir o PT/DF a partir do próximo ano, pelo bem da legenda e pela reeleição do governador Agnelo Queiroz e da presidenta Dilma Rousseff, em 2014.
O parlamentar foi muito aplaudido pelos petistas presentes, entre eles, dirigentes sindicais, presidentes de diversas zonais no DF, entre elas do Plano Piloto, Cruzeiro, Guará, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Santa Maria, Brazlândia, e petistas tradicionais como Jaques Penna, além do atual presidente da CUT/DF, Rodrigo Brito, secretário de Políticas Raciais, Veridiano Custódio. O deputado distrital Chico Leite oficializou o apoio dele e do Coletivo Popular e Socialista.
Chico Vigilante abriu o pronunciamento lançando uma reflexão para os presentes: “A principal pergunta que temos que fazer é porque estamos hoje aqui para lançar a candidatura da Érika?”. E ele mesmo colocou o seu ponto de vista e possível resposta para a pergunta lançada, fazendo uma retrospectiva do cenário político recente no DF e no Brasil e das inúmeras tentativas, segundo afirmou, de massacre do PT, por uma grande parcela da mídia guiada pelo que definiu como “elite hipócrita e conservadora”. Chico falou também em tentativa de criminalização do partido, e concluiu: “E em nenhum momento, o PT/DF fez nada para defender. Nada”, afirmou.
Chico ainda relembrou as inúmeras tentativas de grande parte da mídia de desestabilizar o partido e o governo da presidenta Dilma Rousseff. Por exemplo, tentando desvincular a figura dela do ex-presidente Lula; depois, de descaracterização da imagem de Dilma como petista. Não conseguindo, tentaram fazer parecer que a presidenta governava sob a mão de Lula. “Mas nada disso funcionou”, afirmou.
O parlamentar relembrou ainda a tentativa de promoverem um suposto apagão no país, sendo que além de não haver a menor hipótese de isso ocorrer, a presidenta da República ainda baixou a tarifa de energia elétrica. Falou ainda do movimento pela volta da inflação, com o tomate ocupando o posto de vedete da festa, até chegar ao atual momento político: o Programa Mais Médicos, ação do Ministério da Saúde. Segundo Chico, tudo fruto de artimanhas de uma “elite hipócrita, conservadora”.
“Não é fácil ser petista. Não mesmo. Esta é uma marca que a gente tem e só nós sabemos o que significa, ou como diz a Érika, só nós sabemos a dor e a delícia de ser petista”, enfatizou Chico Vigilante, arrancando risos da deputada candidata a presidenta do PT/DF.
O parlamentar relembrou ainda uma tentativa de colocarem a deputada Érika Kokay contra o governador Agnelo, e ressaltou isso não existe. “Por isso faço questão de apoiar a candidatura da companheira Érika kokay, porque eu duvido que alguém apoie mais o governo do que eu”, observou. E deixou bem claro que já disse e vai reafirmar ao governador Agnelo Queiroz para ficar bem longe das querelas em torno das discussões para presidente regional do PT. “Vou dizer a ele para seguir governando o DF e ficar longe das discussões, que nós resolveremos isso”, afirmou. E ainda mandou um recado para mal intencionados, ele não aceitará assédio de espécie alguma, como ameaças veladas de retiradas de cargos.