MSF afirma que 355 mortos na Síria têm ‘sintomas neurotóxicos’

REUTERS  
  Três hospitais próximos a Damasco relataram 355 mortes depois de um suposto ataque químico na última quarta-feira, que levou a 3.600 admissões nos hospitais com sintomas neurotóxicos causados por gás, informou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), no sábado.A oposição síria acusou as forças do governo de lançaram gases mortais, na quarta-feira, em subúrbios controlados pelos rebeldes em Damasco, matando homens, mulheres e crianças que dormiam.

Estimativas da oposição para o número de mortos variam de 500 a bem mais que o dobro desse número, mas como observadores da ONU não conseguem visitar o local, não houve uma verificação de órgão independente.

O MSF não tem pessoal próprio na região de Damasco, mas tem apoiado os hospitais e redes de médicos no local desde 2012.

– Os sintomas reportados dos pacientes, além do padrão epidemiológico dos eventos – caracterizado pelo influxo massivo de pacientes num curto período de tempo, a origem dos pacientes, e a contaminação de trabalhadores de assistência médica e de primeiros socorros – indicam fortemente a exposição em massa a um agente neurotóxico – disse o diretor de operações do MSF, Bart Janssens, em um comunicado.

– Isso constituiria uma violação do direito internacional humanitário, que absolutamente proíbe o uso de armas químicas e biológicas.

Janssens disse que a MSF não poderia confirmar a causa dos sintomas ou dizer quem foi o responsável pelo ataque, mas que tinha enviado 7 mil frascos de atropina – um antídoto contra agentes nervosos.

Chefes de defesa se encontrarão na Jordânia

Chefes de defesa do Reino Unido e de outros países se reunirão na Jordânia, em 26 de agosto, para discutir a situação na Síria, disse um porta-voz do Ministério da Defesa britânico no sábado.

A reunião é a terceira realizada pelos altos oficiais militares neste ano para melhor entender a situação na Síria e como os países vizinhos podem ser ajudados para gerir os riscos na região, disse ele.

A reunião foi planejada há muito tempo e não foi chamada em resposta a um ataque com armas químicas perto de Damasco, disse o porta-voz. Um porta-voz do exército francês disse que o chefe da defesa da França também tinha sido convidado e que a reunião foi planejada há muito tempo.

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