Do R7
O ex-porteiro Leonardo Campos Alves e Francisco Mairlon Barros Aguiar devem ser julgados por júri popular em dezembro deste ano pelo homicídio do ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, de sua esposa Maria Carvalho Mendes Villela e da empregada do casal Francisca Nascimento da Silva, mortos a facadas no apartamento da família na quadra 113 da Asa Sul, região central de Brasília. Os outros dois réus do processo, Adriana Villela e Paulo Cardoso Santana interpuseram recursos que ainda devem ser julgados.
A denúncia foi recebida em 1º de outubro de 2010 e já foi realizada toda a primeira fase processual. Nessa fase, conhecida como juízo de acusação, são produzidas provas para apurar a existência de crime doloso contra a vida. Ela se inicia com o oferecimento da denúncia e termina com a sentença de pronúncia que é o momento em que o juiz afere que estão presentes os requisitos mínimos para que o julgamento seja submetido ao Tribunal do Júri.
Em 25 de maio deste ano, os réus foram pronunciados para responder perante júri popular por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, homicídio qualificado por meio cruel, praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para ocultar outro e ainda por furto qualificado.
Os autos do processo já têm mais de 13,6 mil folhas com 65 volumes. Dos quatro acusados, três estão presos (Leonardo, Paulo e Francisco) desde novembro de 2010.
De acordo com MPDFT (Ministério Público do DF e Territórios), policiais envolvidos na investigação do Crime da 113 Sul sequestraram a filha do ex-porteiro Leonardo Alves, suspeito do triplo homicídio para que ele confessesse o crime. Quatro pessoas foram indiciadas e a suspeita é de que a filha do ex-ministro tenha contratado três pessoas, que já estão presas, para executar o crime.
Os corpos foram encontrados pela neta do casal, já em estado de decomposição. A principal suspeita de ser a mandante do crime é a filha do casal, a arquiteta Adriana Villela. De acordo com as investigações, uma impressão da palma da mão de Adriana foi encontrada em um armário da casa.
O MPDFT ofereceu denúncia contra a delegada Martha Vargas, acusada de ter plantado provas durante as investigações do crime.