Abalada, Irmandade Muçulmana busca mostrar força nas ruas do Egito

O Estado de S. Paulo

Manifestante protesta perto de tanques do Exército. Foto: Mohamed Abd El Ghany/ Reuters

Soldados e policiais egípcios foram postos de prontidão para impedir a Irmandade Muçulmana de promover manifestações na “Sexta-Feira dos Mártires”, em protesto contra a violenta repressão militar a partidários do presidente deposto Mohamed Mursi.

A Irmandade convocou passeatas saindo de 28 mesquitas depois da prece de meio-dia, num teste para a disposição dos militantes depois dos violentos confrontos ocorridos desde 3 de julho, quando os militares derrubaram Mursi, um político islâmico que havia sido o primeiro presidente livremente eleito na história egípcia.

Os preparativos de segurança pareciam relativamente discretos, inclusive perto da mesquita Fateh, no centro da capital, onde houve violentos confrontos na sexta-feira e sábado passados. Os portões metálicos da mesquita e sua imponente porta dianteira estavam trancados e acorrentados. Dois veículos blindados estavam estacionados mais à frente na rua, onde pessoas faziam compras em um movimentado mercado.

Nos arredores da mesquita de Rabaa al-Adawiya, onde a Irmandade realizou uma vigília de várias semanas, até ser brutalmente expulsa em 14 de agosto, havia apenas um caminhão da tropa de choque da polícia. A mesquita propriamente dita está fechada para reforma depois da destruição causada pelo confronto.

A praça Nahda, cenário de uma vigília menor da Irmandade, também dissolvida em 14 de agosto, estava com acesso interditado com arame farpado. No bairro de Abbaseya, o trânsito fluía normalmente ao redor da mesquita Nour. Não havia veículos blindados nem arame farpado no local, mas as preces da sexta-feira foram canceladas no local.

Na semana passada, o governo provisório empossado pelos militares declarou estado de emergência durante um mês, incluindo um toque de recolher noturno. A agência estatal de notícias Mena disse que as Forças Armadas reforçaram sua presença nos arredores do palácio presidencial e do Ministério da Defesa. / REUTERS

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