A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu entre a tarde de terça e a manhã de quarta (20 e 21) dez pessoas suspeitas de tráfico de drogas no Núcleo Bandeirante. Segundo a polícia, este era o maior grupo de venda de entorpecentes na região. Outros quatro adolescentes também foram apreendidos por pertencerem ao grupo.

Com os integrantes do grupo a polícia apreendeu uma balança de precisão, diversos celulares, R$ 1.056 em dinheiro, 200 gramas de maconha e pequenas porções de cocaína e de crack.
As investigações tiveram início há um ano, depois de uma série de denúncias. Ao longo da atuação do grupo, a polícia recebeu 50 denúncias envolvendo a ação dos integrantes. A droga vinha de cidades do Entorno do DF e primeiramente era deixada em Santa Maria, onde o líder do grupo, conhecido como Jó, tinha uma casa.
Segundo o delegado-chefe da 11ª DP, João Carlos Lóssio, o chefe dos traficantes tinha três companheiras, no Núcleo Bandeirante, na Divinéia e em Santa Maria, e escondia pequenas porções de drogas nas casas delas.
“A mulher da Divinéia não gostava que ele escondesse as drogas lá, mas ele aproveitava quando ela não estava e levava a droga assim mesmo.”
Pequenas porções
Para despistar a polícia, os suspeitos tinham o costume de colocar as drogas que vendiam em pequenas trouxinhas e escondê-las em diversos lugares. Até os telhados das casas de moradores da região eram usados para este fim.
“Eles colocavam a droga no muro das casas, em árvores, na grama. O Jó ficava em um quiosque perto do terminal rodoviário e esperava o comprador da droga. Quando o comprador chegava, eles iam ao lugar onde a droga estava escondida e entregava”, diz o delegado.
Segundo a polícia, omenores de idade eram usados pelos suspeitos para vender as drogas. Eles geralmente andavam com pequenas porções para não serem enquadrados em ato infracional análogo a tráfico. Na ação, dois menores foram apreendidos como usuários.
Além de envolvimento com a venda de entorpecentes, o grupo trabalhava com receptação de produtos roubados, como apontou a investigação. A polícia não apreendeu nenhum produto durante as prisões. Os suspeitos vão responder por tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção de menores. (G1)