Margarida Mota, do jornal Expresso, Lisboa
![]() Indiferentes às ordens de dispersão do Governo, as vigílias pró-Morsi eram o sintoma visível da grande divisão política no Egito: de um lado a Irmandade Muçulmana, do outro a oposição, sobretudo sectores laicos e revolucionários
Asmaa Waguih/Reuters
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Indiferentes às ordens de dispersão do Governo, as duas vigílias eram o sintoma visível da grande divisão política no Egito: de um lado, a Irmandade Muçulmana, vencedora de todas as eleições pós-Mubarak; do outro, a oposição, sobretudo setores laicos e revolucionários.
Esperar ou dispersar?
A situação tinha duas soluções possíveis: a dispersão das manifestações pela força, com consequências previsivelmente sangrentas; ou esperar que as manifestações se eternizassem e fossem vencidas pelo cansaço.
A 31 de julho, o Governo interino, empossado após o golpe militar, decretou que as duas manifestações eram uma “ameaça à segurança nacional” e anunciou que tinha começado a tomar “todas as medidas necessárias” para resolver a situação.
O General Abdel Fattah el Sisi, simultaneamente chefe das Forças Armadas e ministro da Defesa, afirmou que estava mandatado para combater “terroristas”. A dispersão pela força passou a ser uma questão de tempo.
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