Da France Presse
Partidários do presidente Mohamed Morsi estavam nas ruas do Egito nesta sexta-feira (28), dois dias antes de uma importante manifestação contra o presidente islamita, em um país profundamente dividido entre opositores e defensores do atual governo.
O clima tenso era completado pela morte de uma pessoa na noite de quinta-feira (27) ntre partidários e opositores de Morsi em Ach Charqiya, norte do Egito, no último episódio até o momento dos distúrbios no país. Trinta pessoas ficaram feridas.

De acordo com a agência MENA, simpatizantes e adversários de Mursi se enfrentaram diante da sede do Partido da Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana. O PLJ anunciou que a vítima fatal pertencia ao partido.
Na quarta-feira, uma pessoa morreu e 237 ficaram feridas em confrontos em Mansura (norte).
Partidos islamitas convocaram uma manifestação de “duração indeterminada” a partir desta sexta-feira, com o objetivo de defender a “legitimidade” de Morsi, que a oposição acusa de monopolizar o poder.
Uma grande mobilização nacional contra Morsi está prevista para o dia 30 de junho, por ocasião do aniversário de sua posse.
Os partidários de Morsi afirmam que o presidente está limpando as instituições de décadas de corrupção, mas os críticos o acusam de concentrar o poder nas mãos de seu movimento, a Irmandade Muçulmana.
Os opositores acusam Morsi de ter desviado a revolução de 2011, que provocou a queda de Hosni Mubarak.