Poente nas ruas?

      (*) Ricardo Penna

As manifestações nas ruas do Brasil, na última quarta-feira, surpreenderam as previsões. A exceção de Belo Horizonte, que teve o jogo das quartas de final entre Brasil e Uruguai, com 50 mil manifestantes, o movimento foi pulverizado e sem grandes incidentes. Aqui em Brasília a PM fazia cálculos de até 100 manifestantes, mas menos de cinco mil foram às ruas.

 Surpreendente mesmo foi o desempenho do Congresso Nacional que teve grande movimento e, em dia de jogo, votou matérias de grande relevância e impacto para o país. Outra novidade foi a convocação feita pelo ex-presidente, em encontro na sede do Instituto Lula, em São Paulo, que teria dito que é hora de trabalhador e da juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças, enfrentar a direita e empurrar o governo para a esquerda. Hoje, quinta-feira, a UNE surgiu nas ruas de Brasília com 500 manifestantes fazendo demandas e cumprindo as sugestões de Luís Inácio Lula da Silva.

 É cedo para dizer que é uma tendência, mas é possível que a temperatura dos movimentos esteja em declínio.  As respostas da Presidente Dilma, dos prefeitos, Governadores e do legislativo podem ter sido suficientes para acalmar a voz das ruas. Vamos aguardar o próximo domingo, dia de final da copa das confederações no Maracanã.

 (*) Ricardo Penna é Arquiteto, PhD Planejamento Regional, Fotógrafo (CB 1971, Estadao 72/73, Veja 74)

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