Em pronunciamento no plenário da Câmara Legislativa na tarde desta terça-feira (25), o deputado Cláudio Abrantes anunciou que não vai abrir mão de ficar ao lado das manifestações que nas ruas de várias cidades do país clamam por uma renovação do sistema político brasileiro e por um combate efetivo à corrupção.
“O meu papel é ficar ao lado do povo nesta caminhada, o mesmo que é exigido de todos e todas nesta Casa Legislativa”, declarou.Com ênfase, o distrital mencionou que as mobilizações atuais têm uma expressividade inédita e histórica e por esse motivo merecem atenção de todas as lideranças políticas do país.
Cláudio Abrantes elogiou a presidente Dilma Roussef por apresentar uma pauta com cinco pontos em resposta aos clamores dos manifestantes, sobretudo, em relação à prioridade à educação.Nesse aspecto, o parlamentar ressaltou que os posicionamentos recentes da presidente reforçam projeto de lei (nº 1482/13) de sua autoria, em tramitação na Câmara Legislativa, que destina no Distrito Federal todos os recursos oriundos dos royalties da exploração da camada do pré-sal a investimentos no ensino, para viabilizar a educação integral.
Para ele, os atos criminosos precisam ser coibidos, com os serviços de inteligência dos órgãos de segurança pública, sobretudo, a no Distrito Federal em quem deposito muita confiança”, frisou.O distrital concluiu o pronunciamento lendo a íntegra da nota divulgada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), assinada pelo cardeal Cardeal Raymundo Damasceno Assis, nominada “Ouvi o clamor desse povo”, que analisa os protestos recentes.
Abaixo um trecho da nota da CNBB, de título: “Ouvir o clamor que vem das ruas”
“Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília de 19 a 21 de junho, declaramos nossa solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens. Trata-se de um fenômeno que envolve o povo brasileiro e o desperta para uma nova consciência. Requerem atenção e discernimento a fim de que se identifiquem seus valores e limites, sempre em vista à construção da sociedade justa e fraterna que almejamos”.