Cumbica fecha as portas; passageiros são orientados a subir para o segundo piso


Em Guarulhos, manifestação fecha os dois sentidos da Rodovia Presidente Dutra
Foto: TV Globo / Reprodução

Em Guarulhos, manifestação fecha os dois sentidos da Rodovia Presidente Dutra TV Globo / Reprodução

SÃO PAULO. Em diversos atos nesta sexta-feira por São Paulo, manifestantes fecharam rodovias, bloquearam avenidas, protestaram em frente ao Instituto Lula e ocuparam a área externa do Aeroporto Internacional (Cumbica), fazendo com que passageiros e funcionários ficassem reféns dentro do terminal, sem poder entrar ou sair.

O aeroporto fechou as portas depois que um grupo de oito mil pessoas marchou pela Rodovia Presidente Dutra, até chegar ao terminal. No caminho, passageiros com voo marcado tiveram de descer de táxis e carros particulares e seguiram a pé por quilômetros, muitos carregando bagagem.

— Ninguém consegue sair, estamos todos presos aqui — disse ao GLOBO uma comissária de bordo que preferiu não se identificar e que havia

acabado de chegar a Cumbica, no início da noite.

As portas do aeroporto foram fechadas e a Tropa de Choque da Polícia Militar montou um cordão de isolamento. O quartel da Aeronáutica em

Cumbica também ficou de prontidão. A GRU, empresa que administra o aeroporto, informou que as pessoas foram aconselhadas a não deixar o

local porque não havia meio de transporte, já que a Rodovia Hélio Smidt, que leva a Cumbica, estava fechada pelos manifestantes.

As lojas do saguão do aeroporto também fecharam as portas. Pelos alto-falantes, a administração aconselhou que os passageiros subissem

para o segundo piso do terminal, já que os manifestantes estavam no térreo. As partidas de, pelo menos, três voos domésticos e três voos

internacionais estavam atrasados às 21h. A TAM informou que não cobraria taxa de remarcação das passagens para os voos marcados para esta sexta-feira.

Além desse protesto, seis rodovias foram alvo de manifestações em SãoPaulo. Na Régis Bittencourt, cerca de mil pessoas participaram do ato, fechando o trânsito nos dois sentidos. Carros da Polícia Rodoviária e da Polícia Militar acompanharam à distância. Não houve registro de incidentes, a não ser o congestionamento do tráfego.

Outro grupo fechou a Rodovia Castello Branco, na cidade de Barueri, por volta das 18h. A Tropa de Choque foi chamada e houve confronto,

com policiais lançando bombas de gás para liberar a pista. Cinco pessoas foram presas, segundo a PM, por depredação de patrimônio público. O Rodoanel e a Raposo Tavares foram alvo de protestos. Também foram registradas paralisações na Anchieta e na Imigrantes.

Na capital, manifestantes interromperam o trânsito ainda na Radial Leste, principal via de acesso entre o Centro e a Zona Leste da cidade. Nos dois sentidos, homens, mulheres e crianças levavam cartazes e seguiam em direção aos bairros.

No bairro do Ipiranga, cerca de 500 jovens seguiram em marcha do Museu do Ipiranga até a sede do Instituto Lula. Ficaram cerca de meia hora

no local e dispersaram sem registro de qualquer incidente.

Já no Centro da cidade, um grupo de cerca de 500 pessoas — gays, na grande maioria — protestou contra o projeto do deputado Marco Feliciano chamado de “cura gay”. Drags e casais homossexuais discursaram contra o projeto, com palavras de ordem, mas de forma pacífica. O grupo seguiu para a Avenida Paulista e, por volta das 22h, se desmobilizou.

Em outro protesto, 7 mil pessoas fizeram uma passeata da Zona Leste até o Centro. Informações de O Globo.

 

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