A Polícia Militar não usará balas de borracha durante a manifestação contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, marcada para esta segunda-feira (17), no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo. A informação é do promotor de Habitação e Urbanismo da capital, Maurício Lopes, que participou, nesta manhã, da reunião da SSP (Secretaria de Segurança Pública) com representantes do MPL (Movimento Passe Livre).
Lopes acrescentou que não está descartada a utilização, pelos militares, de gás lacrimogêneo e spray de pimenta durante o protesto. Ainda segundo ele, o MP (Ministério Público) sugeriu que a avenida Paulista, “uma artéria que liga 30 hospitais da cidade”, seja evitada durante o ato e disse que tanto polícia quanto os manifestantes estão decididos por um protesto pacífico, ao contrário do que aconteceu na última quinta-feira (13), quando houve dura repressão policial.
No último dia 12, a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital se reuniu com representantes da Secretaria Estadual de Transportes, da Secretaria Municipal de Transportes, do Movimento Passe Livre e da sociedade civil. O objetivo foi buscar uma solução para os atos públicos contrários ao reajuste da passagem.
Segundo nota do MP, da reunião “resultou o compromisso de ser transmitida ao Estado e ao Município a sugestão apresentada pelos movimentos sociais de suspensão do aumento de tarifa dos transportes coletivos, pelo prazo de 45 dias, com a contrapartida de cessação dos atos públicos de responsabilidade dos movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos, sem que tenha havido qualquer homologação ou juízo de valor sobre as propostas e reivindicações apresentadas”. (R7)