Os prejuízos causados pelo crescimento desenfreado das últimas décadas fazem especialistas do mundo todo estudarem meios mais sustentáveis de desenvolvimento urbano. Florianópolis, uma das capitais do Brasil que mais tem potencial de evoluir na melhoria da qualidade de vida, recebe nesta terça-feira pesquisadores renomados no seminário Cidades Inteligentes, Cidades do Futuro.
Estarão em Florianópolis estudiosos dos Estados Unidos, da Finlândia, de Portugal e do Brasil para mostrar como a inovação pode transformar os locais onde as pessoas moram, trabalham e convivem.
As principais temáticas de um meio urbano voltado ao cidadão serão abordadas. Também serão apresentadas experiências em cidades inteligentes e projetos como o Hiriko, um veículo elétrico dobrável desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, nos EUA).
Florianópolis, que triplicou a população em três décadas, precisa se preparar para enfrentar o crescimento que vem por aí. O primeiro passo será a assinatura de um convênio da prefeitura com o Laboratório Internacional Multi-Institucional da UFSC para a troca de informações e aplicação do conceito de cidade inteligente. O evento é aberto ao público e gratuito.
Confira a programação
O que: Seminário Cidades Inteligentes, Cidades do Futuro.
Quando: Terça-feira (04/06), a partir das 14h30min.
Onde: Auditório da Fecomércio, Rua Felipe Schmidt, 785, Centro, Florianópolis.
Quanto: Gratuito e aberto ao público.
14:30 – Início
A cerimônia de abertura contará com autoridades e com a assinatura do convênio da prefeitura de Florianópolis com o Laboratório Internacional Multi-Institucional (ÁgoraLab) da UFSC para desenvolvimento de um plano de cidade inteligente.
14:50 – ÁgoraLab e as cidades inteligentes humanas
Palestrante: Eduardo Moreira da Costa.
Quem é: professor do Departamento de Engenharia e Gestão do Conhecimento da UFSC, dá aulas de finanças para empreendedores na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Sobre o que ele vai falar: pesquisas e estudos sobre cidades inteligentes, com o uso de novas tecnologias para o desenvolvimento urbano sustentável, conciliadas com um espaço social mais humanizado.
15:10 – Oito fatores para um cidade resiliente
Palestrante: Kent Larson, diretor do Laboratório Changing Places do MIT (EUA).
Quem é: professor que desenvolve pesquisas em três áreas interligadas: habitação urbana flexível, tecnologia pervasiva (que penetra na sociedade) e experimentos de fatores humanos (living labs).
Sobre o que ele vai falar: de como uma cidade pode ser resiliente, ou seja, ter capacidade para resistir, absorver e se recuperar dos efeitos de desastres.
15:30 – Cidade flexível: o caso de Helsinque
Palestrante: Jarmo Suominen, diretor do Future Home Institute da Universidade Aalto, da Finlândia.
Quem é: além de dirigir o Future Home Institute, trabalha como cientista no MIT e atua como professor no Departamento de Arquitetura. É especialista em estratégias de customização em massa e gerenciamento de experiência do cliente.
Sobre o que ele vai falar: formas de personalizar a infraestrutura massiva das cidades,
com novas propostas de construir moradias, comunidades e áreas públicas.
15:50 – Mobilidade sob demanda
Palestrante: Praveen Subramani, pesquisador do Laboratório Changing Places do MIT.
Quem é: possui título de bacharel e de mestrado em engenharia elétrica e design urbano, pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Trabalha com estudos de viabilidade em mobilidade urbana focados em veículos elétricos e energias renováveis na América Latina.
Sobre o que ele vai falar: mobilidade que prevê um ecossistema de veículos compartilhados, leves e elétricos. Nesse conceito, os usuários podem alugar e dividir o veículo mais adequado para o seu tipo de viagem, como uma bicicleta, patinete elétrico ou carro compacto elétrico.
16:10 – Projetos de Cidades Inteligentes na Europa
Palestrante: Álvaro Oliveira, presidente da Alfamicro, de Portugal.
Quem é: doutor em Engenharia de Telecomunicações pelo University College London, professor na Universidade de Aalto, em Helsinque, na Finlândia. É membro fundador da Rede Europeia de Laboratórios Vivos, entidade que presidiu por dois mandatos. Desenvolve, como diretor da Alfamicro, a implementação de projetos de transferência tecnológica para pequenas e médias empresas.
Sobre o que ele vai falar: experiências de cidades europeias que encontraram na inovação e criatividade solução para os desafios do crescimento urbano. A Europa é o centro de referência em cidades inteligentes, com 270 projetos de laboratórios vivos, ambientes que promovem a experimentação de produtos e serviços em interação com os cidadãos.
DIÁRIO CATARINENSE