Pitiman defende uma união de forças. Cristovam quer oposição progressista

Hylda Cavalcanti – Especial para o Jornal de Brasília

 O deputado federal Luiz Pitiman, ainda do PMDB, tem difundido nas últimas semanas a ideia de executar, no Distrito Federal, projeto político semelhante ao observado hoje em Goiás, onde a maior parte das legendas são coligadas com o governador Marconi Perillo (PSDB), em oposição ao PT. 

Na sua idealização do que chama “união de forças”, ele disse pretender reunir, até mesmo, adversários históricos como o ex-governador Joaquim Roriz (PMDB) e o senador Cristovam Buarque (PDT) num mesmo palanque contra o atual governador Agnelo Queiroz (PT). 

Pitiman, empresário e ex-secretário de Obras, diz que o objetivo é um só: criar alternativas para o governo do DF em 2014, de forma a impedir o que se repetiu em 2010, quando – na sua visão – a população praticamente não teve alternativas de escolha. “Agnelo foi praticamente um candidato único. Esse trabalho por exclusão é antidemocrático e típico do PT. Para agregar todo esse pessoal numa única candidatura, me isento até de ser candidato. “Não sou político profissional e topo ser o coordenador da campanha do nome a ser escolhido, contanto que consiga levar a diante essa missão”, deixou claro. 

Missão 

“Entendo que a coligação passa por Arruda e Roriz, mas passa também pelo senador Cristovam Buarque (PDT), por Reguffe (José Antonio Reguffe, deputado federal pelo PDT), pelo Bispo Ronaldo Fonseca (deputado federal pelo PR) e muitos outros”, informou. Ele disse que pensa em incluir, ainda, nesse rol, integrantes do PSD e do MD (partido que está em vias de formação a partir da fusão entre o PPS e o PMN.

 Indagado sobre como tal agregação será possível, o parlamentar deixou claro que isso não significa que um ou outro destes nomes venha a ser candidato no próximo ano. O necessário é encontrar os destaques de cada um deles em determinadas áreas e reunir habilidades. “Procuraremos pessoas que representem essa variada sintonia de visões com relação à gestão pública, mas que cada um contribua com aquilo que tenha de melhor. A capacidade de articulação passa também pela necessidade de renúncia”, disse.

 Uma oposição progressista

 Para o senador Cristovam Buarque, a ideia de união é positiva e ele até aceita conversar com o deputado, mas não consegue ver a inclusão de pessoas que fizeram um governo conservador dentro desse entendimento. “Sou oposição ao Agnelo, mas quero ser oposição pelo lado progressista e não pelo lado conservador, por isso não vejo como pessoas com uma linha mais conservadora possam se reunir em torno desse projeto”, adiantou Buarque.

  Segundo o senador, “se o deputado quer a formação de uma frente progressista tudo bem, mas queremos discutir conteúdo de governo”.

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