Tratamento de câncer no SUS terá de começar em até 60 dias

 O Sistema Único de Saúde (SUS) terá no máximo 60 dias para dar  início ao tratamento de câncer, de acordo com lei sancionada pela presidente  Dilma Rousseff. Segundo o Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira, a  regra vale a partir do dia 23 deste mês, e o prazo contará desde a inclusão do  diagnóstico da doença no prontuário do paciente até que ele passe por cirurgia  ou inicie sessões de quimioterapia ou radioterapia.

Para conseguir cumprir a lei, o governo vai investir R$ 500 milhões. Dentro  desse valor estão incluídas a contratação de empresa que instalará 80 serviços  de radioterapia em todo o país. Os recursos também incluem a ampliação de 39  centros já existentes e ampliação de outros 41.

Além disso, algumas unidades de saúde que oferecem o serviço de radioterapia  devem passar a funcionar durante a noite. Segundo o Ministério da Saúde, até  agora 93 centros demonstraram interesse em expandir o horário de funcionamento.  O ministério diz que também poderá contratar hospitais da rede privada para  prestar esses serviços pelo SUS.

— Estamos formando especialistas em oncologia clínica, pediátrica, cirúrgica,  entre outras áreas. Criamos um incentivo financeiro no valor de R$ 200 mil, além  de incentivo mensal de custeio. A medida é para que os hospitais tenham estímulo  para abrir novas vagas de residência em áreas prioritárias como a oncologia — disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Balanço do Ministério aponta que atualmente 78% dos pacientes com diagnóstico  de câncer em estágio inicial começam tratamento em menos de 60 dias, e 52% em  até duas semanas. Para casos avançados, o acesso em até dois meses já ocorre  para 79% dos pacientes, sendo 74% destes em até uma quinzena.

Outras medidas de apoio ao cumprimento da lei são a criação do Sistema de  Informação do Câncer (Siscan), software disponível para as secretarias de saúde  a partir dessa semana, com o histórico dos pacientes e do tratamento. A partir  de agosto, todos os registros de novos casos de câncer terão de ser feitos pelo  Siscan. Estados e municípios que não implantarem o sistema até o fim do ano  terão suspensos os repasses feitos pelo Ministério da Saúde para atendimento  oncológico. Informações de O Globo.

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