Há cinco anos, a então ministra Dilma Rousseff prometia trechos da BR-280 duplicados até 2010

Há exatos cinco anos, completados neste domingo, a então ministra-chefe da Casa Civil e hoje presidente da República, Dilma Rousseff (PT), prometia a uma plateia de lideranças políticas e empresariais de Joinville e do Estado de Santa Catarina, durante o Painel RBS, a duplicação da BR-280.  A licitação das empresas que fariam a obra seria lançada até outubro daquele 2008, e R$ 120 milhões seriam investidos até outubro de 2010, quando pelo menos alguns trechos da duplicação estariam prontos.

Tudo bem que seria otimismo demais imaginar os 74,6 km entre São Francisco do Sul e Jaraguá duplicados em dois anos, pois o projeto prevê 46 elevados, quatro pontes e dois túneis. Para se comparar, mesmo que cinco anos depois, a duplicação de apenas 8,3 km da avenida Santos Dumont, em Joinville, tem cronograma de um ano e custo de R$ 75,9 milhões, com apenas dois elevados.
Mas se o prazo de cinco anos, segundo estimativa mais realista de técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), tivesse começado a contar ainda naquele já distante ano de 2008, estaríamos hoje mais perto do fim da espera de quatro horas para voltar das praias no verão, de amenizar a perda de vidas e ainda podendo dar mais vazão às exportações do Porto de São Francisco do Sul.

Números da Polícia Rodoviária Federal mostram que houve, em média, 850 acidentes por ano no trecho em 2011 e 2012. Mais de dois terços deles (68%) tiveram vítimas. Em média, 17 pessoas morreram por ano na rodovia. Redutores de velocidades colocados paliativamente após protestos resultaram em outro transtorno: mais lentidão.

A promessa de Dilma não foi a primeira nem a última. Desde 2001, no então governo de Fernando Henrique (PSDB), quando o DNIT ainda era Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e a duplicação da BR-101 Norte mal estava no fim, políticos já cobravam ou prometiam início de obras em 2003. Informações do Diário Catarinense.

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