Considerada uma das principais e mais importantes da Câmara Legislativa, a Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) teve o deputado Rôney Nemer (PMDB) como o escolhido para a presidência. É ela a responsável por tratar de todos os assuntos ligados às finanças do Distrito Federal. Em entrevista ao Jornal da Comunidade, Nemer conta como fará para agilizar a aprovação dos orçamentos ligados a projetos do DF e o que espera para as eleições do ano que vem.

O deputado confirma que o partido tem compromisso com Agnelo Queiroz, mas que se a legenda do governador escolher outro candidato, o PMDB não se sente à vontade para apoiá-lo. Nemer pede, ainda, que o PT trate com respeito o PMDB e os seus integrantes. “Essa é a única forma de a aliança continuar”, avisa.

Quais são as metas da CEOF para os próximos anos?

A CEOF é uma das comissões que mais tem demanda. Ela trata de questões de superávit e mudança orçamentária, ou seja, toda parte financeira passa por lá. Não há um projeto específico da comissão. Mas durante todo o mês vão surgindo alterações financeiras. Há também as contas do Tribunal de Contas que devem ser analisadas, além de outras contas do governo que ainda precisam ser analisadas. Também teremos  a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), além das contas do Executivo.
Qual será a política utilizada nos próximos anos?

O objetivo é trabalhar afinado com o governo e dar agilidade na aprovação dos processos. Tudo o que vier, se for de interesse da população, terá total prioridade para que possamos, o mais rápido possível, analisar e aprovar em plenário. A CEOF será proativa, trabalhará  de forma dinâmica, com bastante agilidade para que não se tenha nada parado, nada que possa impedir, por exemplo, um empréstimo externo, uma obra nova ou um serviço que vá dar mais qualidade de vida para a população. Chegou aqui, é viável, está tudo certo, vamos passar. Não queremos deixar acumular nada.
Falando um pouco sobre as eleições do ano que vem, qual o rumo que o PMDB vai tomar em 2014?

O PMDB já está tomando um rumo novo. Estamos reorganizando o partido e fazendo filiações de pessoas importantes, que vivenciam a política no Distrito Federal. Também estamos reativando o PMDB Jovem. O PMDB Mulher também está fazendo um trabalho belíssimo pelas cidades, incentivo a mulher na  política. A fundação Ulysses Guimarães, do nosso partido, está com projetos de conscientização política, discussões, entre outros. O nosso presidente e vice-governador Tadeu Filippelli está dando todo apoio para que façamos esses trabalhos e, efetivamente, resgatemos os tempos áureos do PMDB, quando não só o número de filiados era bom, mas a qualidade das discussões políticas entre eles. Hoje, o PMDB tem duas palavras- chave: união e trabalho. É disso que o partido precisa para continuar sendo o maior, mais querido e mais respeitado partido do Distrito Federal.
A aliança com o PT vai continuar?

Não tenho essa informação. O que posso dizer é que o PMDB tem um compromisso com o governador Agnelo Queiroz. Se o PT escolher outro candidato, o PMDB não se sente à vontade para apoiá-lo. Porém, mesmo com o Agnelo, é preciso que o PT compreenda a importância do PMDB. É necessário que o Partido dos Trabalhadores e todo o governo, trate com respeito o nosso partido e todos os seus integrantes. Essa é a única forma de a aliança continuar.

Faça uma análise do atual governo?

Acho que nos dois anos que se passaram o governo foi regular e, agora, com essa injeção de recursos públicos, acredito que o governador Agnelo e o vice Filippelli vão poder deslanchar vários projetos, várias obras e trazer, enfim, melhoria na qualidade de vida da população. Consequentemente, a aprovação do governo será bem maior.

O que espera para 2014?

Esperamos que se tenha deixado para trás toda a insegurança e intranquilidade da população em relação à classe política. Os escândalos abalaram a sociedade e a crença com relação à política. Precisamos que isso fique para trás. Não só por meio de discurso,  mas com trabalho, retornando para a população cada centavo pago de imposto e proporcionando qualidade de vida.