A prefeitura de Porto Alegre vai abrir nova proposta de manifestação de interesse (PMI) para que empresas apresentem projeto para o metrô da Capital. O anúncio foi feito nesta manhã no Paço Municipal. A decisão ocorreu porque, na PMI anterior, as propostas de projeto técnico do metrô foram consideradas desinteressantes. O melhor projeto, do consórcio brasileiro Invepar/Odebrecht, previa um custo de R$ 9,5 bilhões. Em 2010, projeto estava orçado em R$ 2,4 bilhões.
As propostas das duas empresas concorrentes previam o modelo modelo shield (conhecido como tatuzão), que tem menor impacto no trânsito por consistir na perfuração de um buraco logo abaixo da linha do solo, sem interferência na superfície. O projeto da empresa Brusten P.M. foi desclassificado por não seguir as orientações do processo.
Para baratear o custo do metrô, a prefeitura pedirá propostas em um segundo modelo: o cut and cover (cortar e cobrir), com escavações rentes ao solo, em trechos curtos por vez. Expectativa é de que projetos apresentados na nova PMI não ultrapassem o valor de R$ 3,05 bilhões. A desistência do modelo shield se deve a uma levantamento que mostra que o custo da obra não ficaria abaixo de R$ 7 bilhões.
O secretário de Gestão e Acompanhamento, Urbano Schmitt, garante que o projeto não volta a estaca zero. Estudos da PMI antes serão aproveitados. O governo estadual apóia decisão da prefeitura.
— Estamos preservando os recursos — afirma João Motta, secretario estadual do planejamento.
A prefeitura ainda não definiu os novos prazos. Inicialmente, a obra estava prevista para começar em 2013, mas, com a mudança, esse prazo deverá ser estendido. (Zero Hora)