Sem citar o PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, criticou neste sábado a situação econômica do País e o momento político, de mobilização de candidatos e partidos de olho na eleição presidencial de 2014. Campos é o possível candidato do PSB à sucessão de Dilma Rousseff. “Nós precisamos compreender que a crise chegou muito mais perto do Brasil do que poderíamos imaginar. (…) Não haveremos de sair dessa situação se não tivermos um olhar estratégico”, discursou ele na abertura das oficinas “Diálogos do Desenvolvimento Brasileiro”, promovidas pelo PSB no Rio de Janeiro. De acordo com Campos, seu partido tem “consciência de que não está tudo feito”.
“Ainda tem muita fábrica de desigualdade montada neste País, ainda muita exclusão, tem muito preconceito. (…) É preciso vencer tudo isso com a perspectiva de que é chegada a hora de aprofundar o debate, de pensar estrategicamente, de colocar o País para fazer essa reflexão, e que tudo isso possa ser espelhado em aliança política que tenha compromissos efetivos. Ao PSB não encanta projeto de poder. Ao PSB encanta um projeto de nação onde o povo esteja colocado no centro do projeto”, disse o governador para cerca de 150 dirigentes e militantes partidários.
Agenda
Apesar da crítica à pré-campanha, Campos tem circulado pelo País levando sua mensagem política. Na sexta-feira (5), esteve em São Paulo. Neste sábado, no Rio. Na segunda-feira (8)voltará a São Paulo para encontro promovido pela Força Sindical. No dia seguinte, participará de atividades em Porto Alegre. Mesmo assim, ele sustenta que sua agenda não é a de um candidato. O governador afirmou que “é hora de reflexão madura, responsável” e mandou uma espécie de recado a adversários que tentem desqualificá-lo caso se consolide como oponente de Dilma e do PT em 2014.