O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, declarou na noite desta segunda-feira (25), durante Congresso Estadual do PSDB em São Paulo, apoio ao senador mineiro Aécio Neves para que ele assuma a presidência nacional do PSDB. A eleição ocorre em maio deste ano.
— Sinto que você, Aécio, assuma a presidência do PSDB e percorra o Brasil, ouça o povo brasileiro, fale com o povo brasileiro e una o partido.
Aécio é o principal nome do partido para se candidatar à Presidência da República nas Eleições de 2014. Sem mencionar o ex-governador de São Paulo José Serra, que não esteve no Congresso, Alckmin não poupou elogios ao mineiro.
— Aécio é uma grande liderança do nosso partido, homem público, pautado pela honradez, coerência e seriedade.
— O Serra foi para os Estados Unidos, para Princeton [Universidade de Princeton]. Eu me sinto representado por ele lá e espero que ele se sinta representado por mim aqui.
Os três principais personagens do Congresso do PSDB — Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso — discursaram durante o evento. No entanto, os três evitaram e praticamente não tocaram no assunto “eleições”. Todos uniram o discurso e destacaram a necessidade de reforçar a unidade do PSDB.
Em São Paulo, Aécio Neves defende reestruturação do PSDB
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) se reuniu na manhã desta segunda-feira, 25, em São Paulo, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros caciques do PSDB paulista em mais um movimento para pavimentar sua candidatura à presidência do partido, neste ano, e à Presidência da República, em 2014.
Participaram também do encontro três nomes de confiança do ex-governador José Serra: o vereador Andrea Matarazzo, o vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, e o senador Aloysio Nunes Ferreira.
Aécio chegou ao Instituto FHC (iFHC), no centro de São Paulo, acompanhado do atual presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmando que o PSDB precisa se reestruturar. “Nós devemos dar um passo a mais, um passo adiante a partir de agora”, propôs. “O PSDB é a grande alternativa a esse modelo de gestão do PT e precisamos traduzir com maior clareza para a população o que nos diferencia”.
Na tarde desta segunda, Aécio fará críticas ao governo federal em uma palestra na sede estadual do PSDB. O objetivo é calibrar o discurso tucano de oposição à presidente Dilma Rousseff e buscar a unidade partidária em torno de seu nome.
O mineiro afirmou que só sairá candidato, tanto à presidência do partido quando à da República, se tiver o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
“Eu nunca postulei presidir o PSDB, mas confesso que há hoje um movimento de governadores, de parlamentares, que consideram importante eu assumir a presidência do partido. Só farei isso se for algo consensual, inclusive com o apoio de São Paulo”, afirmou.
Aécio adota discurso similar ao se referir a 2014. “Eu não sou candidato à presidência da República a qualquer custo. O PSDB terá um candidato e esse candidato, para ter sucesso, terá de ter o apoio do governador Geraldo Alckmin”, disse.
Rejeição. A depender de Alberto Goldman, o apoio do PSDB paulista à candidatura à Presidência de Aécio ainda pode estar longe. Ao chegar à reunião, ele destacou que, segundo a última pesquisa Ibope, 47% dos eleitores, no voto estimulado, não escolheram o nome de Dilma e, entre os oposicionistas, Serra ainda é o segundo colocado, com 12%, mesmo tendo Aécio, quarto colocado, com 7%,como opção.
Em análise publicada em seu blog na noite de domingo, 24, Goldman destacou que a rejeição de Serra – a mais alta entre os nomes citados da pesquisa – poderá cair se o governo Dilma enfrentar problemas na condução da economia, assim como a rejeição a Aécio poderá subir, na medida em que mais eleitores o conheçam. Informações do R7 e Estadão conteúdo.