O domingo foi marcado por passeatas contra e a favor da união entre pessoas do mesmo sexo. Em Paris, cerca de 300 mil pessoas lotaram as ruas do centro de Paris para protestar contra o plano do presidente francês, François Hollande, de legalizar o casamento e a adoção de crianças por homossexuais até junho. Imagens televisionadas mostravam alguns embates, com forças de segurança disparando gás lacrimogêneo sobre manifestantes vestidos de rosa e gritando slogans contra Hollande.
Já em Nova York, milhares de pessoas participaram de uma passeata a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos, nas vésperas da histórica sessão do Supremo Tribunal que analisará o tema. A passeata teve início no Stonewall Inn, o bar onde em 1969 começou a revolta pelos direitos da comunidade homossexual nos Estados Unidos, e terminou com um ato na Washington Square, no Greenwich Village.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos é legal em nove dos 50 Estados e na capital, Washington. O Supremo vai analisar um recurso envolvendo a lei que proíbe o casamento gay na Califórnia e outro sobre a questão dos direitos federais dos homossexuais casados legalmente.
Medida que permite casamento entre gays na França será analisada em abril
Em Paris, é a segunda vez que acontece um protesto desse tipo em 2013, após uma marcha semelhante em janeiro mostrar a redução do apoio público a um projeto, o que forçou autoridades a adiar um plano para permitir que casais lésbicos tenham acesso a inseminação artificial. Hollande prometeu aprovar a lei com sua maioria parlamentar socialista e atraiu a raiva de rivais ao tentar evitar um debate público sobre a reforma, o que a ministra da Justiça, Christine Taubira, descreveu como uma “mudança de civilização”.
O Senado francês vai analisar a medida em abril. Oponentes ao casamento e à adoção de crianças por homossexuais, incluindo a maior parte dos líderes religiosos na França, argumentaram que a reforma criaria problemas psicológicos e sociais para crianças que, segundo eles, devem ter prioridade sobre o desejo de direitos iguais para adultos gays. Informações de O Globo.