O Hospital de Base recebeu reforço do que há de mais moderno em tecnologia para auxiliar na realização de exames cardíacos a distância. O governador Agnelo Queiroz, acompanhado da primeira-dama, Ilza Queiroz, inaugurou, nesta quarta-feira (13), o serviço de telemedicina na unidade de saúde. O sistema é composto por equipamentos que permitem a entrega dos laudos em até 10 minutos, o que contribuirá para um diagnóstico imediato, além de reduzir a mortalidade e a fila de espera.
Com a telemedicina, os laudos são enviados, por telefone ou internet, aos pontos de coleta sem a necessidade de deslocar os pacientes, o que garante mais agilidade nos atendimentos. Dessa forma, os pacientes do Hospital de Base poderão receber diagnósticos de especialistas do Hospital do Coração (HCor), de São Paulo, em poucos minutos. A unidade, referência nacional na área e dirigida por Adib Jatene, foi responsável pelo desenvolvimento do projeto em telemedicina.
Com a obtenção dos laudos de forma ágil, espera-se aumentar a efetividade dos processos e as chances de recuperação dos pacientes. “O objetivo é melhorar o atendimento na área cardíaca. Ter essa tecnologia inovadora na nossa rede vai dar fluxo mais eficiente ao tratamento dos pacientes. Será possível fazer um diagnóstico amplo, preciso, e cuidar os casos urgentes de forma prioritária”, afirmou o governador.
Tecnologia remota – O serviço é realizado por meio de equipamentos de tele-eletrocardiografia (ECG); Telemapa, que auxilia no controle da hipertensão arterial; Tele-Holter, que diagnostica casos de arritmia cardíaca; e Tele-segunda-opinião, que possibilita um contato com um cardiologista de plantão, em outro local, para responder dúvidas pela internet.
“A telemedicina se tornou cada vez mais essencial na rotina médica, por isso é uma prioridade desta gestão. Essa tecnologia qualifica a rede como um todo, melhora o atendimento e, o mais importante, contribui para salvar vidas”, avaliou o secretário de Saúde, Rafael Barbosa.
Atendimento – Até abril deste ano, cerca de 70 unidades da rede pública de Saúde estarão trabalhando com a telemedicina. A expectativa é que até o fim de 2013, todos os 216 pontos de atendimento médico no DF, que incluem todos os hospitais, clínicas da família e postos de saúde, façam uso dessa tecnologia. “Contar com essa ferramenta em praticamente toda a rede é uma inovação no sistema de Saúde. Esperamos nos tornar referência no país”, ressaltou Agnelo Queiroz.
Alguns locais, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas, já utilizam a telemedicina na realização dos exames cardíacos. Até o momento, foram feitos 770 procedimentos de Tele ECG. A previsão é que os diagnósticos aumentem de 8 mil para aproximadamente 20 mil por mês em todo o DF, assim que todo o sistema estiver em funcionamento na rede.
Investimento – Por meio de um convênio com o HCor de São Paulo, a manutenção, equipamentos e auxílio médico para o novo sistema terão investimentos mensais de R$ 1,2 milhão. “Essa tecnologia possibilita não apenas ampliar extraordinariamente o atendimento como permite que os cardiologistas possam dedicar mais tempo aos pacientes em estado grave. Ao utilizar uma ferramenta como essa, cumprimos com nosso papel de salvar vidas”, garantiu o diretor do HCor de São Paulo, Adib Jatene.
Recanto das Emas – A UPA e a Clínica da Família do Recanto das Emas são unidades no DF que já atendem com o tele-ECG e o tele-segunda-opinião. Em fase experimental, são realizados cerca de 40 exames por dia. O equipamento de eletrocardiografia transmite o resultado remotamente para uma central do HCor, em São Paulo, que, de imediato, responde com o diagnóstico.
Com a telemedicina, o ECG é gravado por meio de um eletrocardiógrafo portátil em apenas 10 segundos. Os cardiologistas de plantão analisam o exame e fazem o laudo em poucos minutos. Em seguida, eletrocardiograma e diagnóstico são enviados imediatamente à UPA ou à Clínica da Família, via fax ou internet, com acesso restrito, para avaliação pelo médico plantonista da UPA ou pelo médico da família na clínica. Informções da Agência Brasília.
Rede beneficiada com a telemedicina até o final do ano
66 centros de saúde
18 postos de saúde
15 hospitais
13 Centros de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD)
5 clínicas da família
4 Unidades de Pronto Atendimento (UPA)