PT-DF não quer abrir mão nem da vaga de senador

 Wilson Silvestre, Jornal Opção

 Faltando 19 meses para a disputa eleitoral em que serão escolhidos deputados distritais, federais, senador e governador, o PT já começa a brigar pela (única) cobiçada vaga de senador. Até os arcos da Ponte JK sabem que Agnelo Queiroz é candidato à reeleição. Para manter a união de sua base precisa negociar a vaga de senador e não será com o PT. O problema: seu partido está a cada dia mais interessado em melar esta pretensão. Primeiro foi o deputado Geraldo Magela, que alardeia pelos quatro cantos da cidade que esta é a sua vez. Muita gente no PT não acredita nesta pretensão. Magela quer na verdade, segundo apurou o Jornal Opção, negociar apoio para ser reeleito. “O deputado não tem mais idade para entrar numa disputa difícil como esta. Se ele perder — e os riscos são grandes — dificilmente retorna à vida pública”, avaliam.

 Este ensaio de Magela provocou muita correria na base de Agnelo na semana passada. Vários bombeiros da estrela vermelha entraram em cena para minimizar a notícia, acalmando o possível candidato único da base a esta vaga: senador Gim Argello (PTB). Novamente Agnelo e seus estrategistas são pegos na contramão dos fatos. Primeiro foi a deputada Erika Kokay, que jogou fervura nas pretensões de Agnelo em ser o nome do PT. Postou ela na rede: “É um desrespeito com a militância do PT o fato de dirigentes do partido já darem como certa a candidatura à reeleição de Agnelo Queiroz. O que o partido tem de mais valioso é a militância, que deve discutir e deliberar sobre o nosso candidato”. Erika pode não ser uma unanimidade dentro da turma petista, mas ela é sem dúvida uma autêntica petista. Sempre foi uma pedra no sapato dos governos de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Portanto, tem um patrimônio histórico na legenda.

 Novamente vem à tona a ques­tão da vaga para o Senado. O petista Chico Leite disse ao “Jor­nal de Brasília”: “Sou candidato a senador e disputarei a vaga na convenção do partido”. Nessa marcha, só falta os petistas reivindicarem a vaga de vice-governador desbancando Tadeu Fi­lip­pelli. Se Agnelo não colocar um freio nesta bagunça, Filippelli e  Gim Argello podem buscar ou­tras paradas. Se isto ocorrer, adeus PT novamente no Buriti.

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