O Senado aprovou nesta quinta-feira a criação da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, que será o 39º ministério na Esplanada de Dilma Rousseff, com mais 66 cargos em comissão do Grupo Direção e Assessoramento Superior (DAS). A pasta foi criada a pedido do Palácio do Planalto, que deverá entregar seu comando ao vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, do PSD de Gilberto Kassab, na reforma ministerial prevista para este mês. Apenas o PSDB encaminhou voto contrário à medida, que terá impacto orçamentário anual de quase R$ 8 milhões.As informações são de O Globo
– É uma demasia, um desperdício de dinheiro público. Seria melhor que Afif trabalhasse ao lado ou mesmo no lugar do atual ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Vamos votar contra. Para quê mais um ministério? A resposta é só uma: para fazer campanha eleitoral – afirmou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também subiu à tribuna para criticar a medida. Aécio defendeu que a criação do novo ministério somente serviria à lógica da reeleição da presidente Dilma Rousseff e que traria mais gastos aos cofres públicos.
– Quem governa hoje o Brasil é a lógica da reeleição. Tem lançamento e relançamento de programas no Planalto para públicos diferentes, declarações extemporâneas e atos como este, que vem com a criação de novos cargos em comissão. Hoje, existem só na Presidência da República quatro mil cargos comissionados, distribuídos ao bel prazer do governante. Por quê não usar alguns desses cargos para cuidar das micro e pequenas empresas? -, questionou Aécio Neves.
Apesar do voto contrário, os tucanos não quiseram pedir verificação de quórum no plenário o que, na prática, derrubaria a votação, já que o Senado estava esvaziado na tarde desta quinta-feira. Reservadamente, parlamentares da base interpretaram a omissão como uma forma de não confrontar o segmento de empresários no ano anterior às eleições.