Silvio Berlusconi é condenado a um ano de prisão

    Um tribunal italiano condenou nesta quinta-feira o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi a um ano de prisão por tornar público o conteúdo gravado de um telefonema confidencial. A conversa, relacionada a um escândalo bancário de 2005, foi divulgada em um jornal de propriedade do ex-premier.

  A condenação, lida no tribunal pelo juiz, acontece no momento em que Berlusconi enfrenta dois outros julgamentos por acusações de fraude fiscal e de ter pago por relações sexuais com uma prostituta menor de idade em 2010, a jovem marroquina Ruby.

  Berlusconi, que nega qualquer irregularidade, pode pedir a revisão da sentença antes de apelar a uma corte superior. Segundo a lei italiana, ele não tem que cumprir qualquer pena de prisão até que todos os recursos sejam analisados.

  “É impossível tolerar uma perseguição judicial deste tipo, que já existe há 20 anos e que ressurge cada vez que há momentos politicamente complexos na vida política de nosso país”, disse Berlusconi em um comunicado.

  O irmão de Berlusconi, Paolo, editor de “Il Giornale” (jornal de propriedade da família), foi condenado a dois anos e três meses no mesmo caso. No centro do processo estão transcrições confidenciais relacionadas a uma fusão bancária que foram publicadas no diário.

O tribunal também ordenou o pagamento de 80 mil euros a Piero Fassino por danos. Foram as declarações de Fassino – então líder do principal partido de centro-esquerda – que foram gravadas e divulgadas por “Il Giornale”. Para o político, o jornal queria dar a impressão de que ele feito pressão para que a absorção da Banca Nazionale del Lavoro pela seguradora Unipol, em 2005.

Na segunda-feira, Berlusconi foi acusado de organizar um sistema de prostituição em sua residência em Arcore, nos arredores de Milão. O promotor Antonio Sangermo afirmou que as mulheres ficavam hospedadas na casa do ex-premier para serviços sexuais, sendo pagas em dinheiro vivo e recebendo promessas de emprego e cargos políticos.

A acusação não o impede de participar de um novo governo. A coalizão de centro-direita liderada pelo ex-premier ficou em terceiro lugar nas eleições parlamentares de fevereiro. Espera-se que em 20 de março comecem as negociações para a formação de um novo governo.

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