O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (29) que o plano de reforma migratória proposto por senadores está “muito alinhado” com as propostas da Casa Branca sobre o tema.
“A boa notícia é que, pela primeira vez em muitos anos, republicanos e democratas parecem prontos para lidar com o problema juntos”, disse Obama em discurso em Nevada nesta terça.
“Neste momento, parece que há um genuíno desejo de fazer isso logo. E isso é muito encorajador”, disse Obama, acrescentando que a reforma fortaleceria a economia americana.
Ele afirmou que é hora para um acordo para uma reforma “abrangente” e regida pelo senso comum, que ajude os ilegais a “virem para o lado certo da lei”, e pediu apoio ao Congresso para que o aprove.
O acordo proposto por quatro senadores republicanos e quatro democratas abre um caminho para a concessão da cidadania aos imigrantes em situação irregular depois de cumpridos vários requisitos, para o reforço da segurança na fronteira com o México e para a garantia de uma cota maior para imigrantes especializados, entre outros.
A aprovação de uma reforma migratória integral fracassou em várias ocasiões nos últimos anos no Congresso, a última em 2007.
Busca de consenso
O desafio de Obama, neste início de segundo mandato, é obter apoio popular à proposta dos senadores, mas sem afastar os republicanos mais aguerridos, que podem resistir a qualquer coisa que leve a assinatura do presidente democrata.
“No minuto em que isso virar o plano de Obama, os republicanos passam automaticamente para a oposição”, disse Bill Schneider, cientista político da Universidade George Mason, na Virgínia. “A Casa Branca sabe recuar por enquanto.”